Um fato que há dias vem acontecendo no reservatório de água do DAE, instalado ao lado do Campo de Granja, no bairro Nova Esperança, tem intrigado a todos que residem ou passam naquele local.
Pessoas procuraram o Jornal O Independente para reclamar sobre um intenso esgotamento que vem acontecendo no reservatório todos os dias. Segundo os denunciantes, são milhares e milhares de litros de água tratada que são jogados fora diariamente. Destaca-se, para quem não concorda com o que está acontecendo, que a água que está esvaindo pelo terreno onde está o reservatório é prejuízo que cai na conta da população.
Estivemos no local e registramos a intensa perda de água que acontece naquele reservatório. Buscamos levantar informações sobre o porquê que está acontecendo tamanho desperdício água, justamente em um momento em que o próprio departamento de água cobra do cidadão a economia do líquido, para que ele não falte nas torneira. Inclusive o DAE cobra a não lavação de calçadas e de veículos, visando a economia, onde se alega que o processo de tratamento é caro e gera mais custo à população. Mas o contraditório da cobrança recai justamente numa pecha pregada pelo próprio departamento, que ele mesmo está desperdiçando um volume de água bem mais expressivo diariamente.
Segundo o diretor do DAE, Francisco de Assis Pereira, o que acontece naquele local é a falta de uma pessoa para fechar e abrir o registro de entrada de água naquele reservatório, pelo fato de que não se consegue colocar uma boia para regular a entrada de água. De Assis disse ainda que para acabar de vez com o problema do desperdício tem que construir uma casa no local, onde está o reservatório, e colocar um funcionário para controlara abertura e fechamento do registro, quando o reservatório encher. “Já está no orçamento do departamento, para o ano que vem, a construção de uma moradia naquele local”, disse o diretor do DAE.
Mas pelo visto, existe um contrassenso na afirmativa do diretor. Ficando a solução do problema para o ano que vem, qual será o tamanho do prejuízo que esse desperdício vai acarretar ao cofres públicos? Não seria viável contratar um morador que resida o mais próximo possível para realizar o fechamento e abertura do registro? O valor que se economizará ao se evitar a perda do grande volume de água tratada, no decorrer de um mês, como está acontecendo atualmente, não seria suficiente para bancar um responsável para abrir e fechar o registro daquele reservatório? Estas são algumas indagações que estão sendo feitas por populares que não concordam com o que está acontecendo e que incomoda muito a população.