A grande baixa nas águas do reservatório de Furna, que alimenta a Hidroelétrica de Itumbiara, deixou parte da história do município à descoberta, avivando em muitos tupaciguarenses uma saudade das muitas coisas que foram perdidas com a construção do reservatório. Informações passadas dão conta de que a expressiva baixa das águas do reservatório não se deu pela falta de chuva, mas sim por um processo regulatório das águas feito pela própria Hidroelétrica de Itumbiara. Destaca-se que o reservatório, que por sinal cobriu expressiva parte de terra do município de Tupaciguara, colocando submersas em sua lâmina d’água terras extremamente produtivas, destacadas como de cultura, nunca chegou ao nível em que se encontra atualmente, desde que teve a sua capacidade máxima registrada, assim que foi inaugurada a hidroelétrica.
Uma das preciosidades do município, na época, a Ponte Melo Viana, que ligava o Tupaciguara e Araguari, foi inaugurada em 02/10/1932, reapareceu imponente e quase que intacta, após décadas totalmente submersa.
Segundo informações levantadas, a ponte Melo Viana foi construída em 1926 por alemães, se tornando famosa na região pelos seus arcos, feitos de concreto, que integrava um arrojado projeto para se criar um vão livre, dispensando a construção de pilares de sustentação, com a finalidade de não criar nenhuma obstrução no rio. A ponte era acessada pela estrada antiga da Serra do Padre. Na época, a construção foi classificada como inovadora e de alta tecnologia. A perfeição em sua edificação mostra que mesmo após 30 anos submersa, o tempo e água não conseguiram eliminar nenhum de seus componentes, estando sua estrutura praticamente intacta.
A ponte Melo Viana, sobre o rio Araguari, que passa boa parte do ano submersa pela represa de Itumbiara, que ainda faz parte da história de Tupaciguara, foi engolida pelas águas do reservatório de Furnas, na década de 70.
Fotos e dados da matéria foram coletados da Internet.