O prefeito Francisco Neto disse que apesar de tantos problemas está otimista em relação a solucionar todos eles ainda esse ano. “Para mim foi uma desagradável surpresa encontrar um hospital que acreditei estar de fato inaugurado, com tantas irregularidades. Confio na minha equipe e estou em contato com o governo do estado e ainda parlamentares, para captar os recursos necessários para conclusão da obra e manutenção do hospital. É bom registrar que orçamento que herdamos da administração passada não contempla a real necessidade de gastos para que o hospital possa funcionar. Só em folha de salários, teremos um custo orçamentário estimado em 400 mil reais /mês e o que está aprovado no orçamento para cobrir todas as despesas orçamentárias é muito inferior” afirmou o prefeito.
Nossa reportagem apurou também que a ex-secretária de obras Daisy Sansoni registrou, através de ofício datado de 31 de dezembro, que a obra não estava concluída.
Em outro documento encaminhado à secretaria municipal de saúde, assinado pelos diretores clínicos do hospital, os médicos Ulisses Teodoro e Denicésar Coelho, a recomendação é não abrir a unidade, por considerarem que o hospital não atende as exigências e determinações do CFM – Conselho Federal de Medicina.
Para funcionar, a unidade de saúde precisa ainda de licitar e contratar serviços terceirizados sem os quais não há possibilidade de funcionamento. São eles: Alimentação para os internos, lavanderia e gestão do lixo hospitalar.
O projeto inicial desta unidade de saúde foi aprovado em 2013 pelo ministério da saúde e pela caixa econômica federal para funcionar como maternidade. Entretanto, a gestão anterior elevou o status da maternidade para a categoria de Hospital, sem a autorização do Ministério da Saúde.
O médico Eduardo Setti, conhecido e respeitado na cidade, fez uma afirmação que talvez retrate o que de fato é a realidade do hospital maternidade. “O que temos é um prédio bonito, cheio de móveis, mas sem condições de funcionar “, concluiu Dr. Setti.