Faixa etária dos jovens entre 20 e 29 anos tem maior aumento de mortes por Covid-19

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No primeiro levantamento do ano realizado pela Fiocruz, foram observados 11 óbitos neste grupo; na última coleta de dados, esse número saltou para 130

 

(Fonte: Jovem Pan News) O motorista Francisco Monsão, de 61 anos, aguardava ansioso na fila para ser vacinado. “Quando a gente toma a primeira dose, já alivia um pouco. Quando vem a segunda, vai ser melhor ainda”, relata. Enquanto os idosos são imunizados gradualmente, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que a faixa etária dos jovens, entre 20 e 29 anos, é a que teve o maior aumento das mortes por Covid-19 no começo de abril. A pesquisa comparou os números registrados no começo do ano, e os dados coletados entre os dias 4 e 10 de abril. No primeiro levantamento, foram observados 11 óbitos neste grupo. Na última coleta de dados, esse número saltou para 130, um aumento superior a 1.081%. A taxa de letalidade sofreu um novo aumento. Segundo os pesquisadores, o índice se mantinha em 2% até o início do ano, subiu para 3% em março e, nas duas últimas semanas epidemiológicas, alcançou 4,5%.

Já a faixa etária que mais sofreu com o aumento no número de casos de Covid-19 foi a de 40 a 49 anos, cerca de 1.163%. O boletim lembra que as medidas de restrição de atividades, decretadas no final do mês de março, começam a ser flexibilizadas a despeito dos indicadores não apresentarem ainda a redução esperada. A aposentada Eva de Oliveira de Santos acredita que a vacina é a esperança de dias melhores. “Espero que com a vacina dê uma acalmada, uma melhora e a gente possa trabalhar, passear”, diz. O Brasil superou ontem 286 mil mortes pela doença. Foram 2.824 óbitos em 24h, puxando para baixo a média que indica tendência de queda nas mortes pela primeira vez desde novembro. Enquanto a situação nos hospitais ainda preocupa, uma medida do Conselho Regional de Medicina de São Paulo gerou críticas. Mesmo com a pandemia, o Cremesp manteve norma que proíbe vídeo-chamadas entre pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e familiares. Entidades médicas consideram que o afastamento dos doentes dos parentes pode atrapalhar na recuperação.