Pesquisadores e especialistas no setor defendem uso de biotecnologia para elevar produção e sustentabilidade

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Após revolucionar a agricultura brasileira nos anos 1970, com o desenvolvimento sustentável da produção de grãos no Cerrado, Alysson Paolinelli propõe nova revolução no setor. Desta vez, o engenheiro agrônomo de 85 anos e candidato ao Prêmio Nobel da Paz em 2021 é o arauto da agricultura natural, de base biológica e não mais química, como é hoje.
Ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Paolinelli defendeu o investimento na agricultura sustentável. Essa forma de produção tem como pressupostos o uso da biotecnologia na fabricação de insumos e fertilizantes para enriquecer o solo e produzir alimentos naturais.
Por meio de um vídeo, Alysson Paolinelli abriu a audiência pública que a Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou nesta quinta-feira (2/12/21). Solicitada pelos deputados Antonio Carlos Arantes (PSDB) e Delegado Heli Grilo (PSL), presidente da comissão, a reunião enfocou a produção nacional de fertilizantes orgânicos e minerais e ainda, de bioinsumos.
“Essa é uma grande chance para o Brasil. Os países ricos querem esses alimentos mais naturais”, apontou. Ele acredita que o Brasil pode desenvolver um modelo agrícola de alta produtividade, com oferta constante de produtos sustentáveis e de elevada qualidade.
De acordo com o também ex-deputado constituinte, o Brasil conta com rochas que têm os elementos químicos necessários para produção de insumos agrícolas. O material das rochas, interagindo com microorganismos, resulta em insumos que já produzem resultados positivos na agricultura. “Em 2050, teremos 10 milhões de pessoas no planeta, só que muito mais ricas. Será que não vamos aproveitar isso?”, provocou.