Dados mais recentes mostram que cerca de 500 mil famílias não têm acesso a moradias no Estado.
Minas Gerais ocupa a segunda posição no ranking de déficit habitacional do País, o que, segundo dados de 2019, representa uma carência de 500 mil moradias no Estado. Esses números foram destacados, nesta quarta-feira (17/8/22), por participantes de audiência da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A reunião faz parte das atividades de monitoramento da comissão no âmbito do Fiscaliza Mais 2022, na temática “Qualidade dos serviços públicos prestados por empresas estatais mineiras”, e focou no trabalho da Companhia de Habitação do Estado (Cohab Minas).
Integrante da coordenação estadual do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos, Wallace Santos ressaltou que, com a pandemia, esses dados certamente estão defasados.
Ele denunciou a falta de investimentos na política habitacional e o desmonte da Cohab Minas. Segundo ele, o investimento na área de segurança é 1.037 vezes maior do que o da área de habitação.
Outro problema que relatou é a criminalização dos movimentos sociais, com o consequente aumento dos despejos no Estado. “Ninguém escolhe morar em área de risco. Se mora lá, é porque foi o lugar que sobrou para morar”, disse.
Ainda de acordo com Wallace Oliveira, a mesa de diálogos que busca solucionar conflitos fundiários tem atuado de forma tímida, com prejuízos para a área da habitação.