Após ter sido vítima de assalto, o filho do proprietário da Fazenda Varoupa fez contato com policiais militares de serviço, aos quais relatou que ao chegar na fazenda com sua família, quando estava retornando de Tupaciguara, na estrada vicinal que liga a Estação de Captação de Água à cidade, foi abordado por 02 (dois) autores, que estavam a pé, os quais anunciaram um assalto.
Segundo informações passadas pelo agricultor, na abordagem um dos elementos, de cor clara, com uma tatuagem no pescoço, mostrou uma arma de fogo tipo pistola, na cor inox, que estava em sua cintura, para a esposa da vítima, dizendo que queria apenas armas de fogo, e que, se ninguém reagisse, nada de ruim iria acontecer a eles.
Em seguida, o bandido mandou que todos descessem do veículo, momento em que o segundo elemento tomou a direção do carro para conduzi-lo à fazenda, sendo que a vítima e sua família fizeram o percurso a pé, sob ameaça de um dos bandidos. Chegando na residência, os autores colocaram a vítima e sua família sentados em um sofá da sala, onde estes começaram a perguntar se na residência possuía câmera de monitoramento ou telefone. A vítima disse que não possuía câmeras, mas que tinha telefone. De imediato, o segundo autor, de cor morena, deslocou-se até onde estava o aparelho telefone, arrancou os fios, e o jogou no chão. A partir daquele momento um dos elementos, passou a realizar buscas na residência, procurando arma de fogo e pertences de valor. Após vasculhar todas as dependências da casa, eles levaram os celulares das vítimas, um taco beisebol, dinheiro e um binóculo.
Após o assalto, os elementos trancaram a família em um dos quartos e saiu levando o veículo e a vítima, seguindo para a segunda fazenda, que se encontrava próxima, onde estava o Derci. Ao chegarem na casa, os autores falaram para a vítima sequestrada chamar pelo Derci, e que era para ele permanecer tranquilo.
No local, todos desceram do veículo e se direcionaram para a cerca que dá acesso a residência, sendo que o primeiro autor ao transpor a cerca chamou pelo Derci, o qual estava próximo a um galinheiro, que veio ao seu encontro. Ao se aproximar do Derci, o bandido anunciou o assalto. Derci reagiu a ameaça, utilizando-se de um pedaço de madeira, tipo (bambu). Um dos autores reagiu disparando um tiro, que acertou o pé direito do Derci. “Nós viemos aqui para roubar e vamos levar o que for do nosso interesse”, disse o ladrão. A esposa de Derci, ao escutar o disparo de arma de fogo, correu para a cozinha e deparou com o Derci, vindo correndo para dentro. Agarrando-se ao autor, que estava com arma de fogo, pediu para que ele não fizesse aquilo, pois ele era um senhor de 64 anos, e só tinha os dois ali, naquele momento. O autor armado disse: “Já foi”, efetuando mais dois disparos que acertaram o tórax e cabeça do Derci, que caiu na porta do quarto.
Segundo a esposa, os autores ainda queriam socorrer o Derci, porém já era tarde demais, mas que antes deles saírem do local, levaram a carteira de bolso do senhor Derci, a qual tinha todos os documentos e cartões de bancos.
Após o fato, os autores evadiram do local com o veículo da primeira vítima, um GM Monza, de cor vermelha, sentido a cidade. Após diligência realizadas na cidade, o veículo foi encontrado abandonado na rua José da Cruz Badega. Como existem câmeras nas imediações onde o carro estava, a polícia irá requisitar as imagens, para uma possível identificação dos autores.
Deve ser destacado que os policiais encontraram marcas de sangue no interior do veículo, possivelmente de um dos ladrões, que foram coletadas pela perícia técnica da Polícia Civil para exames laboratoriais.
A Polícia Civil assumiu a investigação para encontrar os autores do latrocínio contra a vítima Derci. Até o momento do fechamento desta edição, os autores ainda não tinham sido encontrados e nem identificados.