A cidade de Tupaciguara volta a ser palco de mais uma ocorrência relacionada ao tráfico de drogas. Dois indivíduos, já conhecidos no meio policial por envolvimento com crimes previstos na Lei de Tóxicos, foram detidos, mas acabaram sendo liberados na Delegacia. Um dos suspeitos, inclusive, possui passagem por homicídio cometido ainda na adolescência.
Apesar da gravidade do caso, a autoridade policial optou por não lavrar o flagrante, e ambos foram colocados em liberdade. A soltura gera revolta e inquietação entre os moradores de Tupaciguara, que assistem à escalada da criminalidade sem respostas concretas das instituições.
A sociedade se pergunta: tem algo errado nas nossas ruas ou é normal vermos usuários de crack e traficantes dominando esquinas? Estamos nos acostumando com a presença do crime em nossas rotinas, enquanto famílias vivem com medo, crianças crescem expostas ao caos e adolescentes enfrentam a influência do tráfico cada vez mais cedo.
Estamos seguros? Nossos alunos estão protegidos quando vão à escola? A quem cabe a responsabilidade por esse cenário em que, muitas vezes, o criminoso é tratado como vítima e o policial, como bandido?
O episódio serve como alerta: se no presente os marginais estão soltos, drogados e dispostos a tudo para manter sua vida criminosa, qual será o futuro de Tupaciguara?
É chegada a hora de a sociedade se unir em torno de uma nova cultura — uma cultura de paz, de valorização da vida, do respeito às leis e ao trabalho das forças de segurança. Caso contrário, o futuro não será do cidadão de bem, mas sim do marginal que hoje, livre nas ruas, dita as regras sob o olhar impotente do Estado.
