Com grande participação popular e presença de caravanas de várias cidades, o município de Tupaciguara foi palco, no último sábado (17), do 2º Encontro Nacional de Cultura e Negritude. O evento, promovido pelo Centro Cultural Ilê Asé Aganju Omy, destacou-se como um marco de resistência, celebração e valorização das raízes afro-brasileiras.
A realização do evento foi possível graças a emenda parlamentar nº 43350008 e o termo de fomento 972884/2025 da Deputada Federal Dandara Todazin e parceria com a Fundação Cultural Palmares.
A programação teve início logo às 8h da manhã, com um café acolhedor oferecido às caravanas vindas de municípios como Ituiutaba, Uberlândia, Paracatu, Monte Alegre de Minas, Prata, entre outros. Em seguida, os participantes realizaram uma passeata pelas ruas de Tupaciguara, demonstrando a força e a união das comunidades negras da região. Após o almoço, oferecido aos visitantes, o público assistiu a várias palestras com temas voltados à atual situação da população negra no Brasil, promovendo reflexão e diálogo.
Para os organizadores Edilson e Lorena, o evento representou um importante momento de reencontro com a ancestralidade. “A ancestralidade é viva, está em nós e é nossa responsabilidade preservá-la e transmiti-la para as futuras gerações”, afirmou Edilson.
Com o tema “Viva a Ancestralidade”, o encontro convidou os participantes a reconhecerem a herança histórica e cultural deixada pelos povos africanos e afrodescendentes no Brasil. “Cada um de nós carrega em si a força daqueles que vieram antes, aqueles que enfrentaram tantas adversidades, mas que também deixaram uma herança imensa de sabedoria, arte e resistência”, destacou Lorena, idealizadora do evento.
Durante todo o dia, os presentes puderam vivenciar expressões culturais negras, ouvir relatos de resistência e refletir sobre o passado e o presente da negritude na história do país. Também foi reforçada a importância de promover a igualdade racial e garantir que a cultura afro-brasileira seja respeitada, reconhecida e transmitida às novas gerações.
O 2º Encontro Nacional de Cultura e Negritude se consolida, assim, como um espaço essencial para o fortalecimento da identidade negra no Brasil, reafirmando que celebrar a ancestralidade é também construir um futuro mais justo, plural e consciente.
